Poeta de Periferia (gui)
2 min readJan 17, 2022

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Poesia 44

Mãos pedagógicas da norte!

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Parte um - Primeiro prefácio não é fácil não pega nada!

Praça do correio para o correio elegante
Plateias transitam nos nossos
olhos
Percebe que os corpos se unem
cálidos?
Carrinhos em pinturas de rua
Não entendemos o porquê
Back of the neck... Go back.
É o que queremos ter
Livros e beijos trocados
Beijos e livros envolver
Em nossos braços!

Parte dois - Saudades mil

Velha camarada
Escrevo em caravanas
Chego em romarias
Da Tiradentes para teu caderno vermelho
Teu tesouro és a ti
Matiz melhorado na Matriz
Palavras inafiadas pois abraçam
Acolhem plantam e colhem
Vens vens em trens em três em versos
Acolhem plantam e colhem
Musico os textos na cuca pois sou maluco
Cantas e sonhas e dormes acordada
Tantas tantas vezes deitada
Parecia que escrevia
Tantos textos inesperados
Parecia que já os tinha
Tantos vinhos entornados
Parecia já a próxima vez
A próxima esquina
Arroz japonês
Verso português
alexandrino
Beijo garoado
baiano
Fundamentos para o chão não ir de encontro à cabeça
No sonho no céu permaneça
Meu verso feito norte nas mãos pedagógicas da norte!
Velha camarada
Obrigado pela carta!
Do leite a nata
Rompendo cascas superfícies
Cataratas cascatas de noite sexo e beijo
Que nunca falte, nunca basta!

Parte três - Quero sentir de novo

Inesperado e inspirado
Palavras quando unidas
Me deixam pirado
Esgoelo ao samba
Goles e goles e goles
De baiana
E foles e foles e foles
Tropicana
E Bob’s e Bob’s e Bob’s
Bacana
Gente desconhecida
Outro carnaval não marcado
Nas páginas aleatórias dos
Calendários... Correr à noite
Busões nos fogem como as horas
Corremos e cai coca cola... Caí
Whisky, blue sky, mais e mais
Maias e maias e a volta dos ponteiros
Das bebidas e dos cinzeiros me levaram o corpo inteiro
Ao topo da pirâmide
Má... Mais e mais e mais
Sorrisos ao ouvido e muito mais... Sincera
A poesia me diz:
Aonde você estiver eu tô lá!
Corremos até à Lapa!
Lapa e tapas e tapas e tapas
Uvas cogitadas
Deleites alcançados
Experimentando o novo
De novo e de novo e de novo
Beber da boca alheia um do outro
Rumo ao corpo
Corrida de peles, pêlos, tapas e gozo
E de novo de novo de novo...

Sou um poeta iniciante que não é iniciante…

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Poeta de Periferia (gui)

preto poeta de periferia. poesia e resistência são sinônimos pra mim. Meu Podcast "Quebradas, Emoções": https://anchor.fm/poetadatiradentes